O estudo do Direito no Brasil desde os tempos mais remotos se mostrou tendente a um
positivismo que não estimulava nem estimula, até os dias de hoje, a uma compreensão ampla
das matérias presentes no curso de forma a perceber-se que estas estão intrinsicamente ligadas
umas as outras. Assim, o presente trabalho tem como objetivo mostrar como foi o
desenvolvimento do ensino jurídico no Brasil, as mudanças ocorridas no decorrer do tempo, a
influência que este curso teve de correntes advindas de outros países, bem como apresentar
uma nova tendência, surgida nos Estados Unidos, de agregar o ensino do Direito à Literatura.
Esta iniciativa surgiu através da experiência desenvolvida na faculdade pelo projeto de
pesquisa que fazia uma análise do Direito agregado a arte, e por conseguinte, a Literatura. Tal
análise foi feita através da obra de Warat, um advogado argentino que ao vir para o Brasil
propôs a inserção dessa modalidade de ensino como forma de mudança da mentalidade dos
profissionais da área jurídica. Pois observa-se uma falta de empatia destes com o ambiente em
que estavam inseridos. Com o advento da Constituição de 88 muita coisa chegou a mudar na
forma de percepção das matérias jurídicas, as quais tiveram que deixar seu antigo patamar de
autônomas e se integrar para garantir a efetivação dos direitos fundamentais presentes na lei
maior. Pois estas na verdade nunca estiveram efetivamente isoladas, porém sempre foram
repassadas de uma maneira que fazia com que os discentes tivessem um pensamento
fragmentado achando que elas de alguma forma não se integravam. Entretanto, ainda se vê
um estudo bastante positivista nas universidades, a Literatura nas universidades tende a mudar
a visão dos alunos e, por conseguinte dos profissionais que emergem destas, como será
mostrado ao longo deste trabalho.
DATA: 2016
AUTOR: Marcelle de Lemos Vilela Quirino
ORIENTADOR: Olívia Maria Cardoso Gomes
TIPO DE PUBLICAÇÃO: Monografia
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Direito