O objetivo desse trabalho é fazer uma reflexão dialógica das canções “O bêbado e a equilibrista”
de autoria de Aldir Blanc Mendes em parceria com João Bosco, lançada em 1979, e que se
popularizou na voz de Elis Regina, e a canção “Pra não dizer que falei das flores”, de Geraldo
Vandré. Dessa forma, faremos uma reflexão acerca dos direitos humanos, levando a
questionamentos sobre a pessoa humana e seus direitos como uma ação política. Tais canções
se tornaram símbolos de lutas resistência contra a ditadura civil militar. Percebemos que esse
tema tem uma relevância para a sociedade civil, para a história e o Estado de Direito do nosso
país, porque as canções vêm denunciar a violência e crimes cometidos pelos militares, violando
os direitos humanos. Trabalhar com essas canções é uma forma de sensibilizar e
consciencializar as novas gerações e conduzir para um caminho de consciencialização política
para que episódios como esse não volte a acontecer. Tivemos como base de pesquisa a
Comissão Estadual da Verdade e da preservação da memória do estado da Paraíba (CEVPMPB) Lei 12528/2011, que identificou crimes cometidos pelos militares e violação dos direitos
humanos. E com base nessas comprovações, reparações financeiras e que os verdadeiros
culpados devem responder pelas suas ações. A metodologia dessa pesquisa será de natureza
exploratória e descritiva, relatando hoje a situação do tema proposto aqui e suas variáveis.
Será de cunho qualitativo e quantitativo, através da análise da produção musical no período da
ditadura militar no Brasil, tendo a música como forma de resistência ao sistema. Também
serão realizadas pesquisas de natureza científica nas áreas de direito e análise literária, como
também, vamos nos apropriarmos da historiografia brasileira, como fonte de pesquisa, como
forma de sensibilizar a sociedade, trazendo uma reflexão sobre nossos direitos e garantias. Ao
final do trabalho podemos observar que os efeitos sociais da repressão, oriunda de governos
militares, ainda se faz presente de maneira ativa no cotidiano da sociedade brasileira. A arte
também se mostrou eficiente em retratar abusos demonstrados no passado correlacionando-os
com graves violações dos direitos humanos.
DATA: 2020
AUTOR: Julia Raquel Gondim da Silva
ORIENTADOR: Olívia Maria Cardoso Gomes
TIPO DE PUBLICAÇÃO: Monografia
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Direito