A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu relatório de 2006, considerou a violência como o uso proposital de força ou poder físico, que ocasiona ou tem um elevado nível de danos, impossibilitando o desenvolvimento pleno do sujeito e de sua capacidade física, emocional e cognitiva. Em se tratando de violência sexual, esta é classificada como um dos grandes problemas de saúde pública da atualidade. E considerando o início da vida, nas fases da infância e adolescência, etapas do desenvolvimento que possuem uma extrema relevância no processo de maturação do cérebro, as experiências vividas vão influenciar nos padrões comportamentais da vida adulta. De fato, o abuso sexual infantil é caracterizado como um episódio que traumatiza, sendo definido como qualquer ato de natureza sexual, que seja praticado por uma criança mais velha que a vítima ou um adulto, contra a criança/adolescente. As vítimas de violência sexual tendem a apresentar os sinais de curiosidade sexual excessiva, agressividade sexual, masturbação excessiva, conhecimento sexual inapropriado para a idade, dentre outros. No contexto da violência sexual, o objetivo do abusador é a gratificação sexual, em uma relação de poder, sem consentimento da vítima. Dentre os comportamentos apresentados pelo agressor estão os abusos físicos, psicológicos, além dos atos sexuais em si, com presença de contato (penetração anal, oral e/ou vaginal, toque de genitália), ou sem contato (voyeurismo, pornografia e atos obscenos). Diante de problemática tão evidente, o presente trabalho de pesquisa objetivou descrever o perfil de crianças abusadas sexualmente, as características de seus agressores e do cometimento dos crimes. Os dados da pesquisa foram coletados em arquivos na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e Juventude (DRCCIJ), localizada no município de Campina Grande, no estado da Paraíba, Brasil. Os dados foram analisados através do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences-SPSS. A importância sobre pesquisar acerca do abuso sexual infantil reside na divulgação de resultados de pesquisas de cunho científico. Visando auxiliar a toda a população com informações de dados confiáveis, melhorando a compreensão acerca do crime e, posteriormente, no desenvolvimento de leis mais rígidas no combate e preservação do bem-estar de crianças e adolescentes, que tem a sua integridade violada a partir destes crimes.

DATA: 2020

AUTOR: Vanessa Silva de Oliveira

ORIENTADOR: Aline Lobato Costa

TIPO DE PUBLICAÇÃO: Artigo (Especialização em Psicologia Jurídica)

ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Direito

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